Nascido em 1946 em Durban, Africa do Sul,  Gordon Murray notabilizou-se na Fórmula 1 como um dos mais geniais designers de carros de F1, carros de corrida, o lendário Mc Laren F1, e na sua lista de criações vários carros vencedores em suas passagens por Brabham e McLaren.

Filho de imigrantes escoceses, Murray, estudou engenharia mecânica em Natal Technical College (Hoje Durban University Of Technology), Gordon construiu e correu o seu próprio carro, o IGM Ford, na Classe Nacional Sul-Africano durante 1967 e 1968 e certamente esta influência herdou de seu pai que era piloto de carros e motos de corrida.

Em 1969, já na Inglaterra, após tentar trabalhar na Lotus, Murray ingressou na Brabham, na ocasião de propriedade do britânico Bernie Ecclestone.

Permaneceu na equipe entre 1969 e 1986, tendo trabalhado com três pilotos brasileiros no time de Bernie Ecclestone: Wilsinho Fittipaldi, José Carlos Pace e Nelson Piquet, este último, campeão com dois carros projetados por Murray: a Brabham BT 49C (1981) e a BT 52 e 52B (1983), a primeira com motor aspirada Ford Cosworth e a segunda com o BMW turbo.

Soluções inovadoras sempre fizeram parte da carreira do projetista. Na própria Brabham, criou o modelo BT 46 de 1978, conhecido como fan car (carro ventilador), dotado de uma espécie de exaustor que sugava o ar debaixo do carro e otimizava sua aderência. Niki Lauda venceu a única corrida disputada a bordo desse carro, o GP da Suécia de 1978.

Entre vários projetos que fizeram sucesso, um particularmente, nós como amantes da série Gran Turismo temos a oportunidade de sentir a performance desta criação nas pistas. O Rocket ’07 da Light Car Company, um carro ultra-leve, de cockpit aberto, era mais um brilhante projeto de Gordon Murray e que foi construído pelo ex-piloto de corridas Chris Craft.

Embora tenha a aparência de um monoposto puro, na verdade este carro pode acomodar um passageiro além do piloto, e este assento era localizado debaixo de uma tampa removível.

O desempenho deste pequeno bólido é assustador, digno de uma máquina de corrida, algo inimaginável até então para um carro esportivo de tamanho pequeno, leve e potente. Não é exagero em dizer que o Rocket foi um carro que chegou perto da perfeição. Sua aparência em forma de charuto que abriga um potente motor traseiro não era só lembrança de máquinas de F1 do final dos anos 1950, era uma máquina voadora e que não ficaria a dever a qualquer F1 da década de 50. Nesta época ironicamente os carros de corrida e carros esportivos de estrada começaram a se separar em termos de design.

Gordon Murray sempre enfatizou um baixo centro de gravidade e baixo peso nos carros eram ingredientes essenciais para um carro de esporte, e o Rocket é um exemplo brilhante de seus princípios. Ele pesa de 390 kg em sua forma padrão, em parte graças a um quadro tubular de aço, como carros de Fórmula 1 do passado, que é coberto por uma carenagem de fibra de vidro. À primeira vista, o design parece ser monoposto, mas na verdade é um carro de dois lugares, permitindo que os seus ocupantes a sentar-se logo atrás do piloto, como em uma motocicleta. No entanto, quando um passageiro ocupa o assento traseiro, não existe espaço para a bagagem qualquer.

O motor de 4 cilindros Yamaha FJ1000, sim, um motor de moto, fica logo atrás do cockpit, montado horizontalmente junto com a transmissão com mudanças de marchas sequenciais. A transmissão fornece energia suficiente para ajudar o Rocket a alcançar tempos de aceleração e retomada semelhantes a uma moto, e sua performance lhe daria o status de um dos melhores supercarros do mundo. Na estrada ou pista, o Rocket faz jus ao seu nome e serve como um tributo à época de ouro da corridas.

Por este motivo, o Gran Turismo Brasil, elege o Rocket como o próximo carro a ser utilizado no próximo campeonato. Se segurem nas cadeiras, preparem seus cockpits, porque em breve o bicho vai pegar com um dos carros mais nervosos do mundo na história dos super carros.