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Abarth 500 - Etapa 09

Fuji Speedway F

Abarth 500 – Etapa 09 – 18/06/2017 – Fuji Speedway F

Foi com um turbilhão de sentimentos que toda galera do Abarth 500 chegou a última etapa. Alguns já lamentando o fim do campeonato, pois segundo eles, curtiram demais a diversão, o desafio, o respeito e a amizade entre o grupo. Outros ainda adrenados e pilhados, pois posições estavam em jogo, e muitos pilotos queriam escalar na classificação, sem dizer que Danilo Takashi e Tavares Junior eram os únicos pilotos que poderiam tirar o título de Bruno Lombardi.

As chances de Tavares Junior eram mais remotas pois precisava contar até mesmo com a queda de conexão de Bruno Lombardi, algo que não aconteceu em nenhuma etapa até então, e ainda precisaria fazer a Pole e vencer a prova em seu grupo e ainda contar com uma má atuação de Danilo Takashi. Danilo Takashi já precisava de algo mais palpável, Danilo e Lombardi estavam no mesmo grupo, e sendo assim, Danilo precisaria vencer a prova e contar com que Lombardi terminasse no máximo na sétima posição ou resultado pior.

O clima entre os pilotos, assim como em todo campeonato, era de extremo respeito e vale a pena ressaltar que não houve um único piloto que desejasse o um ruim resultado para o outro, pois o clima de amizade imperou entre um grupo sadio e digno da família GTBR.

“Tensão e adrenalina na pele…”

Foi neste clima e tensão que o campeonato caminhava para a E9. Nesta etapa tivemos 3 pilotos que não participaram. Felipe Caminha e Danilo Fonseca, avisaram com antecedência que não iriam participar, dando um exemplo de respeito ao trabalho realizado e a toda galera do GTBR. Marcos Grina estava na expectativa de sua internet voltar e contava cada segundo na expectativa de alinhar seu carro para disputa, mas isso não foi possível. Sua provedora de internet lamentavelmente não demonstrou ter a responsabilidade que Grina mostrou durante o campeonato.

Sendo assim, 22 pilotos foram convocados, e 19 marcaram presença no Grid. Grid quase cheio com grupos divididos em GTBR 1 e GTBR2.

Seriam 18 voltas em Fuji Speedway F e como Fuji não apresenta possibilidade de clima variável, a administração do campeonato estabeleceu que não haveria a necessidade de parada obrigatória e nem troca obrigatória de composto de pneu, deixando com que cada piloto definisse sua estratégia para as 18 voltas determinadas para esta etapa.

GTBR1

Nove pilotos marcaram e fizeram um lindo grid no GTBR1. A PSN também ajudou e permitiu com que este grupo tivesse uma etapa sem lag’s e incompatibilidades.

Tavares Junior imaginava que teria uma vida fácil com a não participação de Felipe Caminha e Marcos Grina em seu grupo, mas a história não seria bem assim.  Tavares Junior voava na pista no qualify para registrar a melhor volta dos grupos em 1.41.618, mas em seu encalço estava um piloto que demonstrou constante evolução no campeonato e que definitivamente entra para o grupo de pilotos voadores. Ricardo Hiratsuka, Ricahira fez um qualify impressionante e fechou a P2 próximo a Tavares Júnior, deixando o sempre constante e rápido Júlio Till para P3.

Surpreendentemente Jhony Supra, que vinha registrando alguns resultados ruins nas últimas etapas anda forte no qualify e fecha na P4, Mas vale a pena destacar que da P4 a P7 os tempos foram apertados no qualify em uma disputa de tirar o fôlego. A galera estava disposta a enrolar os cabelos no conta giro e a diferença da P4 a P7 foi de apenas 0.410s.

Foi nesse aperto que José Guilherme Radaell fechou na P5, seguido de Rafael Rollo na P6 e Nei Castro Jr na P7.

Outra briga ficou para Chrislei Vieira e Marcel Mello que disputaram entre sí no qualify com Chrislei fechando na P8 e Marcel Mello na P9.

Vamos ver como ficou o resultado final do GTBR1:

GTBR 1 – Vencedor – Tavares Junior
GTBR 1 – P2 – Ricardo Hiratsuka
GTBR 1 – P3 – Jhonatan Supra
GTBR 1 – P4 – José Guilherme Radaell
GTBR 1 – P5 – Júlio Till
GTBR 1 – P6 – Marcel Mello
GTBR 1 – P7 – Rafael Rollo
GTBR 1 – P8 – Nei Castro Jr
GTBR 1 – P9 – Chrislei

É meus amigos, na largada Ricahira colocou a faca nos dentes, fincou o pé direito para colar o pedal no assoalho e fez seus Abarth #53 conquistar a primeira posição logo na curva 1 de Fuji. Mas maior que sua determinação de buscar a P1, estava o sempre voador Tavares Júnior que após a largada imprimiu um ritmo alucinante e após reconquistar a P1 não mais permitiu a aproximação de Ricardo Hiratsuka. Com uma tocada incontestável Tavares Júnior cruzou na P1 registrando a vitória. Ricardo Hiratsuka teve um final de semana impressionante e conquistou seu terceiro pódio na temporada cruzando na P2.

Outro piloto que voltou a lembrar a performance das etapas iniciais foi Jhony Miata, digo Jhony Supra que voltou a subir no pódio depois do jejum de 5 etapas longe dele fechando na P3. José Guilherme Radaell que andou disputando com Jhony Supra fechou na P4, seguido de Júlio Till na P5, Marcel Mello na P6 e Rafael Rollo na P7, formaram o pelotão da morte, pois a briga era tão intensa que qualquer bobeira significaria a perda da posição. Nei Castro Jr fechou na P8 e Chrislei Vieira que marcou seu retorno as pistas na E8, fechou na P9.

GTBR2

Se no GTBR1 a corrida já foi disputada, o que esperar para o GTBR 2 onde Bruno Lombardi, Danilo Takashi, Everson Vieira, Júlio Till e outros foguetes estavam agrupados?

Tavares no GTBR1 havia feito seu dever de casa cravando a pole e vencendo a prova e jogando toda responsabilidade agora para Lombardi e Takashi. Dos 11 pilotos convocados 10 se apresentaram para o grid.

“PSN levou pânico aos pilotos…”

A PSN voltou a aterrorizar os participantes, e posso registrar aqui que os nervos ficaram à flor da pele até a bandeirada final.

Everson Vieira e Bruno Lombardi travavam uma batalha de titãs pela Pole e deveriam ser seguido de perto por Danilo Takashi que ainda tinham seus olhos fixos no título, mas um piloto não convidado para essa festa adentrou nesta disputa e deixou tudo mais emocionante. Alberto Silva, o BetoKafé que realizou treinos secretos durante a semana jogou pimenta nesta disputa. Bruno Lombardi conseguiu preciosos milésimos sobre Everson Vieira e fixou a Pole, seguido de Everson Vieira na P2, Alberto Silva mostrando que vinha para brigar e conquistando a P3, seguido de Danilo Takashi na P4. Este que vos escreve, imagina o grau de ansiedade que deu em Danilo Takashi neste momento, observando que Alberto Silva se convidou para a briga e que teria que superar três fortíssimos pilotos na etapa para ser Campeão.

Rafavivax, Guilherme Santana e Heraldo Gobbi formaram outro pelotão no qualify com uma diferença entre estes três pilotos de apenas 0.407s. Foi apertaaaaaaaado mas Rafael Martins, o Rafavivax conquistou a P5, seguido de Guilherme Santana na P6, mas a apenas 0.047s de Rafavivax e desta forma Heraldo Gobbi ficou com a P7.

Um pouco mais tranquila foi a disputa das 3 posições posteriores no grid com Ualace Martinelli na P8, Alvaro Rocha na P9 e Cyro Oliveira na P10.

O qualify já havia se encerrado e já demonstrando os resultados do qualify na tela quando BUMMMMMM, a primeira vítima da PSN foi feita. Everson Vieira estava fora da briga por queda de conexão.

Tenso meus amigos, imagino o que passava na cabeça de Bruno Lombardi e Danilo Takashi ao ver isso. O frio na espinha corria solto mas havia muito mais a ser feito. Geralmente neste ponto da narrativa já postamos a classificação final, mas hoje é final de campeonato, hoje será diferente.

Bruno Lombardi vendo a ausência de Everson Vieira na pista, senta o pé direito e começa a buscar seu caminho para o título. Alberto Silva agora teria que segurar o ímpeto do Japonês Voador, Danilo Takashi.

Mas o caldo engrossaria pois Guilherme Santana, Heraldo Gobbi e Rafael Martins vinham para jogar angu neste mingau. A primeira volta ainda era realizada quando BUMMMMMMMMM, PSN faz a segunda vítima neste grupo. Foi a vez de Ualace Martinelli deixar a disputa.

A volta 2 se abria, as disputas comiam soltas na pista, os ânimos ainda alterados, a adrenalina na estratosfera, quando BUMMMMMMMMMM a PSN fazia a terceira vítima. Desta vez foi Alvaro Rocha que tinha sua participação interrompida nesta etapa. Era um teste para cardíacos e para os pilotos que estavam disputando o título. Eles tinham que lidar com a pressão dos outros pilotos na pista, e ao mesmo tempo aprofundar seu lado religioso pois agora rezavam para a PSN não fazer deles suas próximas vítimas. Era apenas a segunda volta e três pilotos já estavam de fora da disputa. Seria este o grupo do terror? Só tempo diria…

Bruno Lombardi seguia firme aumentando a distância entre os demais pilotos e consolidando-se na liderança quando BUMMMMMMMMMM.

Não amigos agora desta vez não foi a PSN, e sim e sabe-se lá porque motivos os pilotos começaram a ir para o pit stop. Não deixou de ser uma bomba de emoção, pois para uma corrida sem necessidade de troca de composto pilotos poderiam arriscar fazer a corrida sem parada, desta forma não fazia muito sentido a parada nos box.

Bruno Lombardi já meio perdido, sem saber o que pensar e ainda com traumas da E8 não teve dúvidas, passou um rádio, ou melhor whatsapp para a direção de prova indagando o seguinte: “Essa corrida é sem parada obrigatória e troca de composto ou estou maluco?”

Sim Bruno, você não estava maluco e estava na liderança e agora só a matadora PSN poderia lhe tirar o título.

É GT maníacos de plantão, tudo poderia acontecer até Bruno Lombardi cruzar a linha de chegada e conquistar de forma impressionante o título do Abarth 500 GTBR com mais uma vitória assim como ele fez. Os gritos eufóricos de Lombardi eram escutados no rádio de sua equipe quando Danilo Takashi cruza na P2, com uma incrível pressão de Guilherme Santana na P3 e Heraldo Gobbi na P4. Após 18 voltas de disputa menos de 4 segundos separaram estes três pilotos.

Alberto Silva um pouco mais distante cruza na P5, com Rafavivax na P6 e Cyro Oliveira na P7. Vamos ver como ficou então o grid final na GTBR2?

GTBR 2 – Vencedor – Bruno Lombardi

GTBR 2 – P2 – Danilo Takashi

GTBR 2 – P3 – Guilherme Santana

GTBR 2 – P4 – Heraldo Gobbi

GTBR 2 – P5 – Alberto Silva

GTBR 2 – P6 –  Rafael Martins

GTBR 2 – P7 –  Cyro Oliveira

GTBR 2 – Ualace Martinelli – Abandonou a prova por queda de conexão.

GTBR 2 – Alvaro Rocha – Abandonou a prova por queda de conexão.

GTBR 2 – Everson Vieira – Abandonou a prova por queda de conexão.

 

“Bruno Lombardi – Campeão…”

É CAMPEÃO…. Bruno Lombardi com sete vitórias, seis poles, em uma participação impressionante, Bruno Lombardi conquista o título do Abarth 500 GTBR 2017.

Parabéns Bruno Lombardi pela incrível performance demonstrada neste campeonato, campeonato este que marcou a estreia de Bruno no GTBR.

Temos que ressaltar a incrível participação de Danilo Takashi. A PSN não conseguiu fazer de Danilo uma vítima e a palavra chave de Danilo foi CONSTÂNCIA. Danilo fez incríveis oito pódios em nove etapas e ficou com a P2 no Abarth 500 GTBR 2017. Parabéns Danilo Takashi pela incrível temporada.

Parabéns Tavares Júnior, que abrilhantou o campeonato, foi vítima da PSN mas mesmo assim não desanimou. Até a última etapa acreditou, fez a pole, conquistou a vitória e buscou o título. Tavares Júnior ficou com a P3 do campeonato a apenas 20 pontos de Bruno Lombardi. Imaginem a disputa que teríamos se a PSN não tivesse lhe vitimado.

Parabéns especial a todos pilotos participantes que abrilhantaram este campeonato. Parabéns a aqueles que mesmo longe da performance para disputar a ponta, demonstraram o verdadeiro espirito do Gran Turismo Brasil, de buscar a constante evolução, de permanecer na pista, de se divertir com a série Gran Turismo e com todos os pilotos na pista. Este aprendizado é acumulativo. A cada corrida em que participam, sua performance demonstra uma melhora, mas acima de tudo, ficam registrados momentos inesquecíveis de disputas e diversões vividas em pista.

Parabéns a aqueles que demonstraram uma incrível evolução, a aqueles que recuperaram sua motivação por acelerar, por disputar, por se divertir.

Foi um orgulho para o Gran Turismo Brasil ter cada um de vocês em pista, um campeonato em que assim como no SPGT não tivemos uma única solicitação de recurso ao longo de todo campeonato, onde a maturidade, a seriedade, o comprometimento, o respeito, a amizade e a compreensão refletiram os valores tão difundidos pela família Gran Turismo Brasil.

Com este grupo de pilotos, fica uma lição para aqueles que acham que sabem criar sites e eventos de Automobilismo Virtual. Criar um campeonato e fazer um site qualquer um sabe, mas gerar um ambiente sadio onde a amizade, respeito, trocas de informações, a diversão, a disputa sadia e a evolução compartilhada ficam acima da competição, isso não se cria, isso se motiva, se incentiva, se conquista através do exemplo e é este espirito que ficou explícito no SPGT, na Prova de Fim de Ano 2016, na Desafio Nascar e no Abarth 500 GTBR 2017, provas e campeonatos realizados após a remodelação da administração do Gran Turismo Brasil. Foi para isto que criei o Gran Turismo Brasil, e com orgulho posso dizer que após 11 anos de estrada foi para isso que o Gran Turismo Brasil voltou a ser.

 

Isso é Gran Turismo Brasil, uma enorme família de GT Maníacos.

Parabéns a todos, sim absolutamente a cada piloto que participou de uma ou mais as etapas do Abarth 500 GTBR 2017, um campeonato que fechou com chave de ouro e que dificilmente será esquecido.

Confira abaixo o vídeo elaborado pelo amigo e piloto Jhonatan Supra sobre o Abarth 500 GTBR 2017.

Abarth 500 Gran Turismo Brasil 2017.

Aqui se encerra esta narrativa e que venham as próximas disputas.